Deixo tudo assim, não me importo em ver a idade em mim. ouço o que convém. eu gosto é do gasto. sei do incômodo e ela tem razão quando vem dizer que eu preciso sim de todo o cuidado. e se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria? tanto faz e o que não foi, não é. eu sei que ainda vou voltar, mas eu quem será?
Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim. eu digo o que condiz. eu gosto é do estrago. sei do escândalo e eles têm razão quando vem dizer que eu não sei medir, nem tempo e nem medo. e se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado? ora, se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim? dispenso a previsão. se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição.
vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração.
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